Artigo em jornal do Vaticano elogia ‘Os Simpsons’
Para colocar nas palavras do devoto Ned Flanders, o jornal do Vaticano acha que “Os Simpsons” são uma turma bem supimpa. Teologia “Homer encontra Deus em seu último refúgio, apesar de às vezes errar o Seu nome sensacionalmente”, conclui o “L’Osservatore”. “Mas esses são apenas pequenos enganos, afinal, os dois conhecem muito bem um ao outro".
O “L’Osservatore Romano” desta terça-feira (22) parabenizou o programa pelo seu 20º aniversário, elogiando os questionamentos filosóficos do desenho e a sua visão irreverente da religião.
Sem Homer Simpson e os outros personagens de pele amarelada, “muitos hoje não saberiam rir”, diz o artigo, chamado “As virtudes de Aristóteles e o donut de Homer”.
O texto lembra que “Os Simpsons” – a animação há mais tempo no ar na TV norte-americana – abriram espaço para desenhos voltados a uma audiência adulta.
O programa é baseado em “textos inteligente e realistas”, continua o artigo, dizendo ainda que ele pode ser criticado pela “linguagem excessivamente rude, pela violência de certos episódios e por algumas escolhas radicais por parte dos roteiristas”.
A religião, dos sermões soporíferos do Reverendo Lovejoy às conversas cara-a-cara de Homer com Deus, aparece com tanta frequência no desenho que seria possível criar uma “teologia simpsoniana”, segundo o texto.
A confusão religiosa de Homer seria “um espelho da indiferença e das necessidades que o homem moderno sente em relação à fé”, complementa o artigo.
O texto comenta também vários episódios do programa relacionados à religião, incluindo um em que Homer pede por intervenção divina gritando que “eu não sou normalmente um homem religioso, mas se você estiver aí em cima, me salve, Superman!”.