Resenha: O Herói Perdido
Depois de salvar o Olimpo do maligno titã Cronos, Percy Jackson e seus amigos trabalharam duro para reconstruir seu mais querido refúgio, o Acampamento Meio-Sangue. É lá que a próxima geração de semideuses terá de se preparar para enfrentar uma nova e aterrorizante profecia. Uma mensagem que pode se referir a qualquer um deles:
Sete meios-sangues responderão ao chamado.
Em tempestade ou fogo, o mundo terá acabado.
Um juramento a manter com um alento final,
E inimigos com armas às Portas da Morte afinal.
Os campistas seguirão firmes na inevitável jornada, mas, para sobreviver, precisarão contar com a ajuda de alguns heróis, digamos, um pouco mais experientes — semideuses dos quais todos já ouvimos falar… e muito.
Novos personagens e alguns velhos conhecidos do Acampamento Meio-Sangue dividem espaço neste primeiro livro da saga OS HERÓIS DO OLIMPO, que nos leva de volta ao universo da série Percy Jackson e os Olimpianos — agora, com ainda mais aventuras, humor e mistério, em uma trama que vai deixar qualquer mortal ansioso pelos próximos volumes.
O Livro começa com Jason acordando em um ônibus de excurção escolar, ao lado de dois garotos sem saber onde está. Aliás, como em "A Pirâmide Vermelha", a história é contada sob três perspectivas diferentes, a de Jason, Piper e Leo, o que aliás, torna a narrativa menos cansativa. Mas a diferença é que a história é em terceira pessoa, não em primeira como em "A Pirâmide Vermelha". Essa divisão de perspectivas também nos permite ter uma visão mais completa dos personagens do que em "Percy Jackson e Os Olimpianos", aonde "só conhecíamos a mente de Percy", excluindo um pouco Annabeth e Groover. Rick Riordan conseguiu provar, com as primeiras cenas com monstros da mitologia, que não está enferrujado, e na minha opinião, ele melhorou a narrativa nesta série. Com o passar do livro, vão aparecendo alguns personagens do livro antigo, mas não vou falar quais pra não dar mais spoiler do que estou dando. O fato de Percy estar desaparecido, nos faz ver que os protagonistas agora são outros, o centro da história é outro, POR ENQUANTO. (Vocês vão entender). As batalhas neste livro foram, de certo modo, mais emocionantes, até porque eles não lutaram com monstros da primeira saga em nenhum momento, com uma exceção. Rick Riordan nos traz personagens novos: novos deuses e monstros. Na verdade, acho que a emoção de estar no Acampamento Meio-Sangue de novo me animou na leitura.
Há um fato que chama atenção. Esse livro é maior em número de páginas e em tamanho (largura e altura) que o outro, o que pra mim, significa que Rick Riordan desenvolveu a narrativa mais lentamente do que nos livros de Percy. Não que ela tenha ficado cansativa. O que quero dizer é que ele em seus livros mais recentes, tem trazido histórias maiores, que também nos dão uma vontade imensa de ler e ler e ler e ler... Rick também repetiu o suspense "quem é que está por trás disso?" que havia em "O Ladrão de Raios". Mas, o que eles terão que enfrentar dessa vez, supera Cronos e os outros titãs.
JASON TEM UM PROBLEMA:
Um belo dia, ele acordou sentado num ônibus lotado de jovens e todo o seu passado estava apagado da memória. Ao que parece, ele tem uma namorada chamada Piper e um melhor amigo, chamado Leo. Os três estudam na Escola da Vida Selvagem, um internato para “crianças difíceis”, como Leo diz. O que Jason fez para acabar ali e que lugar é aquele? Bem… disso ele não tem a mínima ideia. Uma coisa, porém, é certa: tudo parece completamente sem sentido.
PIPER TEM UM SEGREDO:
Seu pai, um ator famoso, está desaparecido há três dias, quando, num pesadelo, ela o viu em perigo. Piper não sabe o que o sonho quer dizer, nem por que seu namorado, de repente, não a reconhece mais. No entanto, quando uma estranha tempestade desaba durante uma excursão da escola, revelando criaturas medonhas e carregando Jason, Leo e ela até um lugar chamado Acampamento Meio-Sangue, Piper começa a achar que, querendo ou não, vai descobrir as respostas.
LEO LEVA JEITO COM FERRAMENTAS:
Ao chegar ao Acampamento e encontrar um chalé repleto de peças e engrenagens, ele se sentiu em casa, apesar de algumas coisas ali parecerem um tanto esquisitas — como a maldição sobre a qual todos comentam e o tal campista que estaria desaparecido. Mais estranho ainda é que os campistas insistem em dizer que todos eles são filhos de deuses. Será que isso teria algo a ver com a amnésia de Jason ou com o fato de que Leo, às vezes, vê… fantasmas?
As histórias dos personagens são interessantes, o que dá um toque ótimo ao livro. Os dilemas pessoais deles, misturados às cenas de ação emocionantes e às incríveis criaturas mitólogicas e deuses fazem deste livro a leitura perfeita pra quem já era fã de Percy, e pra quem nunca ouvir falar na primeira série. Eu indico, pode confiar.