Resenha de "Em Chamas", de Suzanne Collins

15-06-2012 21:53

Sinopse:

 Depois da improvável e inusitada vitória de Katniss Everdeen e Peeta Mellark nos últimos Jogos Vorazes, algo parece ter mudado para sempre em Panem. Aqui e ali, distúrbios e agitações nos distritos dão sinais de que uma revolta é iminente. Katniss e Peeta, representantes do paupérrimo Distrito 12, não apenas venceram os Jogos, mas ridicularizaram o governo e conseguiram fazer todos - incluindo o próprio Peeta - acreditarem que são um casal apaixonado. A confusão na cabeça de Katniss não é menos do que a das ruas. Em meio ao turbilhão, ela pensa cada vez mais em seu melhor amigo, o jovem caçador Gale, mas é obrigada a fingir que o romance com Peeta é real. Já o governo parece especialmente preocupado com a influência que os dois adolescentes vitoriosos - transformados em verdadeiros ídolos nacionais - podem ter na população. Por isso, existem planos especiais para mantê-los sob controle, mesmo que isso signifique forçá-los a lutar novamente.

Olá, caros leitores. Mas uma vez venho aqui "dissecar" um livro da franquia Jogos Vorazes. Terminei "Em Chamas" há um tempo, mas não tive tempo de escrever essa resenha antes. Não sei se vou conseguir ser tão claro quanto na minha resenha de "Jogos Vorazes", porque eu já estou lendo "A Esperança", por isso talvez eu possa misturar os acontecimentos. Mas, que fique claro, esta resenha é livre de spoilers. Mas vamos aos detalhes.

Quando você pensa que a trama da série de Katniss não pode tomar um rumo mais inusitado, Collins te surpreende com um livro que prova que a série "Jogos Vorazes" não gira em torno dos Jogos, mas que os Jogos são apenas um detalhe em meio a personagens fortes e acontecimentos que conseguem superar todas as nossas expectativas.

Antes de tratar dos Jogos, Suzanne se foca primeiro em desenvolver o que ficou pendente em "Jogos Vorazes", ou seja, as consequências da reviravolta final do primeiro livro. Enquanto viramos ansiosamente cada página, vamos percebendo que essa trilogia não é mais uma entre algumas, mas que a proporção que a história toma é muito maior do que imaginamos quando começamos a ler sobre uma pobre família da Costura que teve de ceder um membro aos cruéis Jogos Vorazes. O início do livro faz com que fiquemos ainda mais íntimos de Katniss Everdeen, já que sentimos "na pele" a pressão que ela sofre de todos os lados, melhor dizendo, de todos os personagens, lançando sobre ela expectativas que ela nunca poderá satisfazer, simplesmente porque é humana demais. Ela sente demais, odeia demais, é confusa demais. E nós sentimos, odiamos e ficamos confusos junto com essa personagem que consegue see tornar mais envolvente a cada página.

Ao desenvolver, muito bem, temas que foram deixados em abertos no livro que antecede "Em Chamas", Collins arma o palco para o anúncio do Massacre     Quartnário, e mais uma vez a história sofre uma reviravolta bastante inesperada. A partir daí, a história atinge o que eu chamo de perfeição. Em um cenário perfeito para que o inusitado (mais uma vez) aconteça, Suzanne Collins mistura sentimentos e ação de uma maneira que você nunca viu e, como no primeiro livro, lança uma reviravolta incrivelmente inesperada que me fez largar o livro e ficar uns minutos refletindo sobre o que eu acabara de ler.

Após uma revirvolta que torna "Em Chamas" uma sequência mais que à altura de "Jogos Vorazes", ainda há o último capítulo. E, aí, temos certeza de que terminaremos o segundo livro assim como terminamos o primeiro: apesar das perguntas pendentes do primeiro livro respondidas, restam muitas dúvidas sobre o futuro muito incerto que cerca todos os personagens que amamos. Ao terminar "Em Chamas", eu estava tão perplexo que fiquei deitado, repassando mentalmente os acontecimentos do livro. E aí me dei conta do porquê a trilogia de Collins se tornou uma febre mundial.

Sem baixar o nível, Suzanne Collins nos leva ao auge da magnífica esperiência que é ler essa trilogia com "Em Chamas". O livro só vem para nos deixar ainda mais maravilhados com a grandeza da história, e para nos deixar a certeza de que, em se tratando de "Jogos Vorazes", tudo pode acontecer.

"E que a sorte esteja sempre ao seu favor."

 

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