Resenha: "A Maldição do Tigre", de Colleen Houck

02-01-2013 02:07

Olá, leitores do Mundo do Max. Antes de começar essa resenha, queria desejar a todos vocês que ainda visitam o site e a parte de livros mesmo com meus sumiços e retornos repentinos um feliz ano novo! Esse ano de 2013 eu pretendo conseguir organizar minha vida e (finalmente) ter tempo de postar regularmente aqui. Se eu vou conseguir já são outros quinhentos.... Pois bem. Hoje vim falar sobre o livro "A Maldição do Tigre", primeiro volume de uma série de cinco livros da qual eu não sei o nome. Pra você que não conhece (ou não se lembra d)o livro, seguem capa e sinopse:

Sinopse:

Paixão. Destino. Lealdade. Você arriscaria tudo para salvar seu grande amor?
 
Kelsey Hayes perdeu os pais recentemente e precisa arranjar um emprego para custear a faculdade. Contratada por um circo, ela é arrebatada pela principal atração: um lindo tigre branco.
 
Kelsey sente uma forte conexão com o misterioso animal de olhos azuis e, tocada por sua solidão, passa a maior parte do seu tempo livre ao lado dele.
 
O que a jovem órfã ainda não sabe é que seu tigre Ren é na verdade Alagan Dhiren Rajaram, um príncipe indiano que foi amaldiçoado por um mago há mais de 300 anos, e que ela pode ser a única pessoa capaz de ajudá-lo a quebrar esse feitiço.
 
Determinada a devolver a Ren sua humanidade, Kelsey embarca em uma perigosa jornada pela Índia, onde enfrenta forças sombrias, criaturas imortais e mundos místicos, tentando decifrar uma antiga profecia. Ao mesmo tempo, se apaixona perdidamente tanto pelo tigre quanto pelo homem.
 
Essa resenha será um pouco difícil de aceitar para alguns de vocês, principalmente porque 99% das minhas resenhas são positivas (Sim, eu sou uma pessoa muito fácil de agradar). Se eu tivesse que resumir a leitura desse livro em uma frase, eu diria o seguinte: Foi um balde de água fria. Quando eu li sobre "A Maldição do Tigre" na internet pela primeira vez, quando eu li a sinopse e (principalmente) quando eu vi a capa eu fiquei louco para ler o livro. Eu esperava um romance com ritmo frenético, cheio de aventura, magia e etc. O livro correspondeu minhas expectativas? Não. E agora vou te dizer o porquê.
 
O livro começa com a protagonista Kelsey procurando um emprego. Ela acaba indo trabalhar em um circo, onde conhece várias pessoas. E um tigre. Kelsey fica encantada com o tigre, percebendo que dentro dele há humanidade. Ela passa todo seu tempo livre lendo para o tigre, conversando com o tigre, desenhando o tigre. Eu sei, eu sei, meio retardado, não é? Na verdade, nem tanto. Essa introdução foi bem divertida de se ler, e eu fiquei ansioso para ver (perdoem o trocadilho) o circo pegar fogo. E é aí que começa a loucura do livro. Aparece um homem misterioso no circo querendo comprar o tigre (que se chama Ren, só pra constar). Ele propôe a Kelsey que vá junto com ele à Índia, destino para o qual ele pretende levar o tigre para que ele passe o resto de seus dias em um abrigo, para cuidar de Ren durante a viagem, com todas as despesas pagas. Kelsey diz que seus pais adotivos (ela é orfã, como diz a sinopse) eram meio superprotetores deviam querer conhecer ele primeiro e então, com uma simples ligação, sem nem pedir ao dono do circo, eles organizam uma festa de aniversário para Kelsey lá. Após conhecerem o Sr. Kadam (nome do mercador), eles fazem uma ou duas perguntas e simplesmente deixam a menina viajar, COM UM HOMEM QUE ELA CONHECE A ALGUNS DIAS, PARA O OUTRO LADO DO MUNDO! Não é possível! Isso non ecziste! Avisem-me se existir, porque aí eu arrumo um emprego num circo também e espero um magnata me oferecer uma viagem com tudo pago para um lugar paradisíaco. E então Kelsey vai pra Índia, junto com Ren e o Sr. Kadam.
 
Uma das coisas que me chamou atenção na viagem foi o magnífico jatinho do empregador Sr. Kadam. Mas também, pudera. A autora faz questão de ressaltar, de cinco em cinco segundos, como ele é rico e eu sou pobre e nunca vou ser tão bom como ele! Desculpem o desabafo, mas me senti humilhado por tanta riqueza. Agora, depois de tanto criticar ali em cima, vou falar da Kelsey, que não é uma protagonista ruim não. Ela é bem legal até, diverti-me bastante na cabeça dela. Só é meio ingênua de ter ido parar na Índia com um estranho, como eu já disse ali em cima, em Caps Lock. Mas eu estou com ela quando ela desconfia do Ren. Quando a pessoa veio de séculos atrás, é bom ter um pé atrás, não é?
 
A narrativa segue, e com a chegada deles na Índia a coisa melhora. É realmente interessante o modo como a autora inseriu a cultura indiana no livro, inclusive a mitologia. Quando ela descobre que Ren na verdade é um príncipe amaldiçoado (e nem venham dizer que isso é spoiler), eu pensei: "Agora a coisa vai ficar boa!". E realmente, eles enfrentar bastante coisa, as cenas de ação, com muita mitologia, são super legais, mas o problema é o seguinte: Chega um ponto da narrativa em que a história simplesmente não sai do lugar! Sim, o ritmo desacelera bastante com a chegada deles na Índia, mas em certo ponto passa dos limites. Eles resolvem se desviar do caminho que têm que seguir para ajudar Ren, para fazer algo que Ren gostaria. Eles vão acampar no meio do nada e decidem ficar nada menos, talvez um pouco mais, que cinquenta páginas lá! Enquanto podiam estar fazendo alguma coisa que preste! Realmente, esses foram os momentos mais entediantes do livro. MAS, contudo, entretando, todavia, é quando é apresentado meu personagem favorito do livro (o que mais tem sentido): Kishan. Quem é Kishan? Eu não vou falar, pois é um big spoiler.

 

Antes de elogiar o desfecho da obra, queria destacar uma coisinha que me irritou pra caramba. Durante o livro, Ren vai se mostrando um idiota, machista, egocêntrico, dissimulado, um grandissíssimo filho da mãe! Se a autora queria que euzinho torcesse para que ele terminasse com a Kelsey, falhou e muito. O caso aqui é semelhante à (apesar de serem livros de gêneros diferentes) trilogia do "Jogos Vorazes", onde o casal Katniss e Peeta (pelo menos para mim) não tem o menor sentido! Já que, enquanto ela é incrível, ele é uma anta. Já gritaram muito comigo por odiar o Peeta, mas fazer o que, né? E, caso vocês (que leram o livro) ainda tenham alguma dúvida: Sim, eu torço fervorosamente para que a Kelsey fique com o Kishan no final. Agora vamos para o desfecho. Compensando toda a enrolação do livro, Colleen Houck escreveu um desfecho muito legal, cheio de ação, aventura, paixão e tudas essas coisas que fazer um bom livro merecer o adjetivo "bom". Eu realmente achei que a Kelsey fez a coisa certa, no fim das contas. 

 

Como eu já disse, esse livro foi totalmente diferente do que eu esperava, mas não foi de todo ruim. Eu realmente espero que a continuação dele seja mais agitada. E é por isso que, depois de muito ponderar, eu decidi que não vou desistir da série agora. É um livro para quem não se importa com algumas lacunas aqui e ali (Tipo: Kelsey só ligou para os pais dela uma vez, e depois simplesmente esqueceu que eles existiam!) e não liga para algumas cenas desconfortavelmente melosas. Embora tenha sido minha grande decepção do ano, eu torço para que a coisa melhore em "O Resgate do Tigre" (que eu vou ler, mas não está nas minhas prioridades) e que os irmãos indianos possam se ver livres dessa maldição. Para "A Maldição do Tigre" dou duas rosquinhas. Quem sabe o próximo livro não consegue cinco?

Isso é tudo, pessoal! Espero que não estejam com vontade de me matar e que tenham gostado da minha opinião sobre o livro. Muito em breve estarei postando mais resenhas enormes como essa aqui. Abraços, e até qualquer hora.

 

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